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A trilogia “O Hobbit”, baseada na obra do autor J.R.R. Tolkien, é um dos maiores sucessos cinematográficos do século XXI. Dirigida por Peter Jackson, a série foi lançada entre 2012 e 2014 e se tornou um marco na história do cinema de fantasia, conquistando milhões de fãs ao redor do mundo. Mas o que você realmente sabe sobre a trilogia “O Hobbit”? Aqui estão algumas curiosidades fascinantes sobre a produção dos filmes
1. Hobbit era para ser apenas um filme
Embora seja uma adaptação de um único livro, “O Hobbit” foi expandido para três longas-metragens, repleta de detalhes, personagens e cenas de ação grandiosas. O livro “O Hobbit” de J.R.R. Tolkien foi originalmente escrito como uma história independente, sem a grandiosidade que viria com “O Senhor dos Anéis”.
Quando Peter Jackson iniciou a adaptação do livro para o cinema, ele inicialmente pensou que um único filme seria o suficiente para contar a história de Bilbo Baggins e sua jornada até a Montanha Solitária.
No entanto, à medida que o projeto se desenvolvia, Jackson, junto com os roteiristas Fran Walsh e Philippa Boyens, decidiu que o material poderia ser expandido para três filmes.
Essa decisão foi controversa entre muitos fãs e críticos, já que o livro de Tolkien tem uma narrativa bastante compacta, mas a trilogia foi recheada com elementos que ligam “O Hobbit” à obra de “O Senhor dos Anéis”, além de explorar mais profundamente os personagens e cenários do universo de Tolkien.
A inclusão de cenas adicionais, como a presença do vilão Sauron, que só é mencionado de forma indireta em “O Hobbit”, e a criação de novos personagens como Tauriel, foram maneiras de expandir a história, deixando-a mais conectada com a trilogia anterior.
Motivos da criação da trilogia Hobbit
Embora “O Hobbit” seja mais curto e simples em relação a “O Senhor dos Anéis”, a decisão de dividir o filme foi amplamente influenciada pelo sucesso da trilogia anterior e pela tentativa de criar uma experiência cinematográfica mais imersiva e detalhada.
2. A Tecnologia de 48 Quadros por Segundo (FPS)
Um dos maiores destaques tecnológicos da trilogia “O Hobbit” foi a utilização de uma taxa de quadros por segundo (FPS) mais alta do que o padrão de 24 quadros por segundo usado tradicionalmente no cinema. O diretor Peter Jackson decidiu filmar “O Hobbit” a 48 FPS, o dobro da taxa convencional, com o objetivo de criar uma imagem mais nítida e realista.
A decisão de usar 48 FPS gerou muitas discussões entre os espectadores. Alguns consideraram a técnica uma inovação positiva, pois a fluidez das imagens tornava as cenas de ação mais dinâmicas e os cenários mais vívidos.
No entanto, outros acharam a tecnologia excessiva, uma vez que ela conferia um aspecto “artificial” às imagens, especialmente em cenas mais calmas, dando uma sensação de que tudo estava excessivamente “real”.
Investimento por uma imagem de altíssima qualidade
A experiência de assistir aos filmes de “O Hobbit” a 48 FPS foi uma das primeiras incursões no cinema digital de alta taxa de quadros. Embora a tecnologia tenha sido elogiada por alguns, nunca foi amplamente adotada pela indústria cinematográfica devido ao custo e à resposta dividida do público.
3. O retorno dos elfos e a criação de Tauriel
Embora os elfos sejam uma parte fundamental do mundo de Tolkien, o livro original de “O Hobbit” menciona apenas um elfo, Thranduil, o rei dos elfos da Floresta das Trevas. Para dar maior destaque aos elfos e expandir a narrativa, os roteiristas introduziram o personagem de Tauriel, uma elfa criada especificamente para os filmes.
Interpretada pela atriz Evangeline Lilly, Tauriel não aparece no livro original, mas se tornou um dos personagens mais amados da trilogia, adicionando uma perspectiva feminina à história.
A decisão de criar Tauriel também foi uma tentativa de equilibrar a predominância masculina na trama e fazer com que o público se conectasse com uma personagem de forte personalidade e habilidades de combate.
Tauriel tem uma história de amor não correspondido com o anão Kili, um romance que também não é parte do livro, mas que foi bem recebido pelos fãs da adaptação cinematográfica.
Adaptação do livro para criar um personagem feminino
A inclusão de Tauriel gerou controvérsias entre os fãs puristas de Tolkien, já que ela não faz parte da obra original, mas sua presença ajudou a dar mais profundidade ao universo cinematográfico, especialmente para o público mais jovem e feminino.
4. A lenda de Bilbo Baggins e sua evolução
O personagem principal da história, Bilbo Baggins, foi interpretado por Martin Freeman nos filmes. Bilbo é uma figura central tanto em “O Hobbit” quanto em “O Senhor dos Anéis”, e sua jornada de “hábil e cético” a “herói inesperado” é uma das mais memoráveis da literatura de fantasia.
No entanto, a interpretação de Freeman foi um desafio, pois ele teve que criar uma versão mais jovem de Bilbo, que seria a mesma pessoa que o personagem idoso vivido por Ian Holm em “O Senhor dos Anéis”.
Uma das curiosidades mais interessantes sobre o personagem de Bilbo Baggins é a transformação que ele passa ao longo dos filmes. No começo, ele é um hobbit tímido e sem grandes aspirações, mas a partir de sua viagem com os anões, Bilbo se torna um personagem mais destemido e inteligente, que acaba salvando seus amigos e sendo fundamental para o sucesso da missão.
Esse arco de crescimento foi enfatizado nos filmes com base nos detalhes do livro, mas também foi ampliado com cenas inéditas que dão uma maior ênfase ao desenvolvimento de Bilbo como herói.
A incrível interpretação de Martin Freeman
Martin Freeman, que já havia interpretado personagens em outros filmes de sucesso como “O Hobbit” e “Sherlock”, teve que passar por um intenso processo de transformação física para interpretar Bilbo.
Ele usou figurinos e maquiagens que deram ao personagem um aspecto mais jovial, embora, em algumas cenas, Freeman se visse obrigado a atuar em um ambiente completamente digital, especialmente nas cenas de “escala” que o mostravam ao lado dos anões.
5. A aventura de Ian McKellen como Gandalf
O papel de Gandalf, o mago, é uma das figuras centrais tanto em “O Senhor dos Anéis” quanto em “O Hobbit”. Ian McKellen, que interpretou o personagem na trilogia anterior, retornou para “O Hobbit”.
Durante a filmagem, McKellen teve que atuar muitas vezes sozinho, já que os cenários de “O Hobbit” eram muitas vezes modificados digitalmente para criar a sensação de que os anões eram muito menores do que Gandalf.
Esse uso de efeitos especiais obrigou McKellen a realizar cenas de atuação muito diferentes das que ele experimentou na trilogia de “O Senhor dos Anéis”, e o ator frequentemente usava marcadores digitais e fundo verde para se adaptar à escala alterada.
Além disso, uma das cenas mais memoráveis de McKellen em “O Hobbit” ocorre quando ele é capturado pelos orcs em uma das sequências de ação, uma cena que requereu grande habilidade de atuação, já que McKellen estava completamente sozinho em uma sala sem cenários reais. Ele teve que imaginar a ação e interagir com as criaturas digitais sem qualquer referência física.
Dificuldade e profissionalismo de encenar sozinho
Ian McKellen revelou que, durante as filmagens de “O Hobbit”, ele se sentiu frustrado com a necessidade de atuar contra fundos verdes e recursos digitais. Em um momento de frustração, ele chegou a dizer que, se “O Hobbit” fosse feito de uma maneira mais tradicional, com sets físicos e interações reais, ele teria desfrutado mais do processo.
6. O uso de efeitos visuais e a construção de mundo
Os efeitos especiais em “O Hobbit” não se limitaram à criação de criaturas digitais como Smaug, o dragão, ou Gollum. A trilogia foi uma das mais avançadas em termos de construção de mundos digitais.
Para criar os vastos e belos cenários de “O Hobbit”, a equipe de Peter Jackson utilizou a famosa técnica de “filmagem em locações reais” na Nova Zelândia, mas também usou uma imensa quantidade de gráficos computadorizados para expandir a paisagem e criar lugares como a Montanha Solitária, as cavernas dos anões e a Floresta das Trevas.
Esses ambientes digitais eram tão detalhados que, em muitas cenas, era difícil perceber a diferença entre o real e o digital.
União da tecnologia com arte humana
O dragão Smaug, uma das criaturas mais icônicas da trilogia, foi completamente criado através de CGI (imagens geradas por computador) e teve uma performance digitalmente animada baseada nas expressões do ator Benedict Cumberbatch. Cumberbatch, que interpretou Smaug, usou sua própria voz e movimentos corporais para dar vida ao dragão, criando uma das performances mais notáveis do uso de CGI no cinema.
A trilogia Hobbit é impecável e vale a pena assistir mil vezes
A trilogia “O Hobbit” foi uma empreitada épica que trouxe uma nova visão ao mundo de Tolkien, conectando mais ainda o público ao universo de “O Senhor dos Anéis”.
A produção não só resgatou o espírito das aventuras originais, mas também introduziu novas tecnologias e abordagens narrativas. Seja pela inclusão de novos personagens, o uso de tecnologias inovadoras ou as complexas escolhas criativas feitas por Peter Jackson e sua equipe, “O Hobbit” se firmou como um marco no cinema moderno de fantasia.
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